Coluna - Na adaptação do futebol, o Brasil também é uma potência entre os amputados - EZFICE

Coluna – Na adaptação do futebol, o Brasil também é uma potência entre os amputados

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O futebol é para todos!

Como o esporte mais popular do mundo, o futebol naturalmente adotou diferentes adaptações para as pessoas com deficiência jogarem. As versões para cegos (ex-futsal) e paralisia cerebral (ex-7, que se despedem das Paraolimpíadas do Rio de Janeiro em 2016) são as mais conhecidas do público brasileiro por disputarem os Jogos Paralímpicos e Paralímpicos. -Americano. Há também o power football, em cadeira de rodas, uma das modalidades candidatas a estrear nos Jogos Paralímpicos de Los Angeles (EUA) em 2028.

Fora das atrações paralímpicas (até agora), há bolas de futebol para amputados. O esporte surgiu na década de 80 e realizou seu primeiro campeonato internacional em Seattle (EUA) há 38 anos. Havia 7 jogadores de cada lado com amputações ou deformidades na parte de baixo (seis linhas) ou acima (goleiros que não podiam sair da área). O jogo é dividido em dois tempos de 25 minutos. O campo tem 60 metros de largura por 40 metros, o gol tem 2 metros de altura e 5 metros de largura.

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De acordo com a Federação Mundial de Futebol para Amputados (WAFF), o esporte é praticado atualmente em 50 países, seis dos quais na América do Sul. No Brasil, chegou a Niteróis (RJ) em 1986 e a primeira equipe foi formada na Associação Niterense de Deficientes Físicos (Andef). Três anos depois, o país estreou na Copa do Mundo, terminando em terceiro.

Brasil se tornou uma potência mundial no futebol para amputados

Não demorou muito para o Brasil se tornar uma potência, ganhando quatro campeonatos mundiais em 1999, 2000, 2001 e 2005. Rogério Rodríguez de Almeida, 40, também é considerado o artilheiro do mundo. Como todos sabemos, Rogerinho nasceu sem a perna esquerda por causa de sua má formação. Por conta própria, durante seus 21 anos de carreira, a maioria representando a seleção brasileira, os jogadores do São Paulo marcaram mais de 580 gols.

“Graças a Deus e minha família, ganhei popularidade também no Brasil e no exterior. Desde que descobri o esporte, me apaixonei e passei a abraçá-lo com profissionalismo, dedicação e muito trabalho. Agradeço também a mim mesmo aos companheiros e sem eles nada disso seria possível”, disse à AFP o atacante corinthiano/capitão Mogi, de Moguidas Cruz (SP).

“Quando estou em campo, esqueço todos os problemas. É o melhor momento. É muito gratificante jogar futebol e fazer o que amo. Já tive a oportunidade de ver algumas crianças terem [amputações]. programa de futebol, à frente de Mogi das Cruzes], eles me admiraram hoje. Recebi o recado deles e me viram como referência”, acrescentou o jogador, que enfrentará a bola de Ourinhos na final do Campeonato Paulista. , neste sábado (6).

Afinal, o futebol para amputados recebe alguma verba?

Por não ser um esporte paralímpico, o futebol para amputados não recebe recursos do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), e os atletas não são elegíveis a bolsas federais de atletismo. A popularidade também acabou sendo diferente de outros movimentos de adaptação, dificultando a obtenção de patrocínios. A viabilidade da participação do Brasil na Copa do Mundo deste ano em Istambul (Turquia) de 30 de setembro a 9 de outubro,teve apoio (passagens e logística de material esportivo) do Comitê Brasileiro de Clubes Paralímpicos (CBCP).

“Para fazer o torneio, trabalhamos com o departamento de esportes e eles nos dão a estrutura para fazer o evento. Hoje, [nós, jogadores] não vivemos do esporte. Tenho alguns patrocínios que me ajudam, Já estive em privado A empresa tem mais de 20 anos e apoio totalmente o desporto”, descreve Rogerinho.

“Nosso sonho é participar do programa Paralímpico. Ao mesmo tempo, a FIFA está trabalhando com a UEFA [União Europeia de Futebol] para buscar uma parceria com a FIFA [Federação Internacional de Futebol]. Estamos nos organizando para atender às exigências dos Jogos Paralímpicos. .IPC [Comitê Paralímpico Internacional]”, explicou Ademir Cruz, presidente do Conselho de Administração da Federação Brasileira de Desportos para Deficientes (ABDF).

Está modalidade virou um fenómeno nacional.

A programação nacional atualmente inclui campeonatos estaduais e regionais, o Campeonato Brasileiro e a Copa do Brasil – esta última será disputada em Orinhos no próximo mês com 12 equipes participantes. Segundo Cruz, o país tem cerca de 600 atletas ativos participando do esporte.

“Hoje temos equipes em várias regiões do Brasil, como Amapá, Tocantins, Pará, Bahia, Minas Gerais, Goiás, Rio de Janeiro, São Paulo, Matogue do Sul Rosso e Paraná. Podemos dizer que a maioria está na Bahia e São Paulo”, disse o líder da ABDF.

Após a Copa do Brasil, as atenções se voltarão para a Copa do Mundo de Istambul. O Brasil está no Grupo D com Irlanda, Irã e Marrocos. As duas melhores equipes dos seis grupos e as quatro melhores terceiras colocadas avançam para as oitavas de final. Os anfitriões, os atuais vice-campeões, lideram o Grupo A junto com Haiti, França e Libéria. O vencedor da última competição foi no México em 2018, com Angola no Grupo F com Itália, Uruguai e Iraque.

A ligação foi feita em 12 de julho. Dos 15 jogadores convocados pelo técnico Rodrigo Oliveira, 9 venceram nas eliminatórias sul-americanas para jogar em Barranquilla (Colômbia) em março – Rogerinho Um dos jogadores fora do elenco da Copa do Mundo. A equipe se reunirá no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo, de 19 a 27 de setembro.

“Hoje, no Brasil, pela quantidade e qualidade dos jogadores, é possível termos três ou mais times competitivos. Infelizmente, para a Copa do Mundo estamos limitados a 12 jogadores e três goleiros.] evolução do esporte mundial. No nosso grupo, acho que a Irlanda será um adversário direto. Nosso time está qualificado. Tecnicamente, todos são muito bons e acredito que o Brasil estará entre os quatro primeiros, senão campeão”, idealizado por Cruz.